Meu Som

sábado, 30 de novembro de 2013

Pubalgia ou Sinfíse Púbica

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Muitos atletas, desportistas, praticantes de futebol, corrida de longa distância entre outros, sentem aquela dor incômoda na região próxima à sínfise púbica, causada por sobrecarga, overuse, trauma direto ou algum golpe produzindo inflamação e dor. Estamos falando da PUBALGIA ou osteíte púbica. Importante realizar diagnóstico diferencial para averiguar possibilidade de fraturas do ramo inferior do púbis (fratura por estresse ou por avulsão) ou estiramento da musculatura interna da coxa na região da virilha.

Para entendermos o mecanismo de lesão, devemos compreender a anatomia da região. O osso Ilíaco (popularmente conhecido como bacia) é composto por três partes: Íleo, Ísquio e o Púbis. O púbis é local de inserção dos músculos adutores e são eles, principalmente, além do reto anterior do abdômen que são envolvidos com a pubalgia. Os músculos desta região, especialmente seus tendões, ficam inflamados devido ao estresse repetitivo na região da sínfise púbica.

Para diferenciar PUBALGIA de OSTEÍTE PÚBICA, devemos considerar o primeiro como sendo dor e inflamação das estruturas ao redor da sínfise púbica, como os tendões dos adutores e do reto abdominal, por exemplo. Em relação a osteíte púbica, o paciente refere dor, especificamente, sobre a região da sínfise púbica, sendo causada pelo estresse mecânico da mesma, podendo haver desnivelamento na sínfise (direita, esquerda).

Os sintomas, geralmente, se assemelham aos de um estiramento muscular, e o atleta pode referir dor durante a corrida, os exercícios abdominais e os agachamentos. Além destes, o atleta/desportista pode sentir dor na região abdominal inferior, irradiando para região interna da coxa. Movimento de passada lateral, cabeceio, flexão quadril e do tronco podem ser dolorosos. A dor piora com o exercício, esforço ou com certas posturas, podendo ser sentida ainda ao subir escadas ou no impulso do quadril para frente. A dor pode ainda irradiar para o períneo, testículos e pode causar lombalgia quando associada a uma lesão da sacroilíaca. A dor e a hipersensibilidade podem ser reproduzidas por pressão ou estiramento da sínfise púbica, ocorrendo também sobre os tendões do adutor longo e do reto do abdômen.

O diagnóstico é clínico, sendo confirmado por radiografia da pelve, para se observar instabilidade da sínfise púbica (alturas diferentes) em mais de 2mm, além de ressonância nuclear magnética para se observar as partes moles.

TRATAMENTO
•    Repouso, Crioterapia (gelo), uso de antiinflamatórios orais e medidas da eletrotermofoterapia para minimizar a dor e acelerar a recuperação;
•    Saindo da fase aguda, pode-se introduzir compressas de água quente sobre a região, promovendo vasodilatação e acelerando a liberação de encefalinas que podem ser benéfícas na diminuição da dor e no relaxamento da musculatura adjacente;
•    Assim que a dor diminuir, iniciar com os exercícios de alongamento (sem dor), para os adutores (região interna da coxa);
•    Desde que não causem dor, os exercícios de fortalecimento abdominal e da região lombar;
•    Exercícios de fortalecimento dos adutores, abdutores, flexores e extensores do quadril;
•    Exercícios de estabilização do tronco e da coluna vertebral;
•    Exercícios no leg press e os semi-agachamentos, tensionando a musculatura glútea, a virilha, o abdômen e a região lombar. Esta técnica ajuda a controlar movimentação excessiva na sínfise púbica;
•    Os exercícios de propriocepção(giroplano, balancinho, mini-tramp) e os funcionais específicos do esporte (giros, deslocamentos, mudanças de direção), desde que não haja dor, bem como, os exercícios pliométricos (saltos).

RETORNO ÀS ATIVIDADES
•    Em casos mais brandos, o atleta/desportista, perderá 3 a 5 dias;
•    Em casos mais graves, repouso e tratamento de 3 semanas a 3 meses, podendo demorar até 6 meses. Neste caso, não deverá retornar até ser capaz de realizar os exercícios pliométricos(saltos e deslocamentos);
•    Se o tratamento conservador não for eficaz, deve-se considerar o tratamento cirúrgico.

Box-to-box: Guardiola faz mal ao futebol português

Ou como um péssimo exemplo também pode ser admirável

Em Portugal dá-se demasiada importância às táticas: tenta explicar-se o futebol com números e algarismos, como se o jogo se decidisse mais na cabeça dos treinadores do que dos jogadores.

Não acredito nisso.

Na minha opinião, a maior parte dos jogos são ganhos pela inteligência emocional: na capacidade de cada jogador, e todos juntos, perceber, utilizar e transformar as emoções em futebol puro.

Ora nesse sentido, e era a este ponto que queria chegar desde o início, Guardiola faz mal ao futebol português.

O que Guardiola fez no sábado, no clássico da liga alemã em Dortmund, foi um péssimo exemplo: e ao mesmo tempo foi admirável.

Antes de mais, e para início de conversa, convém lembrar o mais evidente: quando o jogo não saía do nulo, o espanhol retirou um ponta de lança (o único que tinha em campo) meteu um médio e a partir daí a equipa fez três golos.

Mas há mais: Javi Martínez, por exemplo. Começou a jogar como médio de ataque, passou depois para médio defensivo, mais tarde foi central e acabou o jogo novamente no meio campo defensivo.

Lahm começou a trinco e acabou a lateral, Muller jogou na direita e no centro.

Trocou um avançado (Mandzukic) por um médio (Goetze), substituiu um central (Boateng) por outro médio (Thiago Alcântara) e abdicou de um lateral (Rafinha) para introduzir um central (Van Buyten).

No fundo foi ele que encheu o clássico. Mexeu no jogo como quis e quando quis, mudou jogadores de posição, alterou taticamente a equipa e venceu no terreno do maior rival por claros 3-0: ficou ali na fronteira de uma goleada histórica.

Foi um espetáculo, e ao mesmo tempo foi um perigo.

Guardiola não é só um treinador carismático, é sobretudo um homem carismático. Mexe num jogo de futebol como quem mexe as peças num jogo de xadrez: mas isso é o que todos vemos.

Por detrás de tudo isso, e digo isto sobretudo pelas informações que chegavam de Barcelona, há um craque na capacidade de entrar dentro do grupo e mexer também na inteligência emocional dos jogadores.

Por alguma razão, aliás, chegou a Munique a falar alemão.

Infelizmente para a classe não é uma inspiração: é uma exceção. Infelizmente sobretudo para aqueles treinadores que olham mais para Guardiola do que para Capello ou para Trapattoni.

Aqueles treinadores que julgam que ser simples é ser limitado e que um jogo se ganha por colocar um lateral a fazer de extremo, um central a fazer de trinco ou um médio a fazer de lateral (sim, Queiroz, esta era para ti e para a ideia de meter Paulo Sousa a fechar à esquerda no dérbi).

No fundo todos querem ser geniais, mas génios como Guardiola surgem uma vez numa vida: e nós já preenchemos a nossa quota.

«Box-to-box» é um espaço de opinião de Sérgio Pereira, jornalista do Maisfutebol, que escreve aqui às sexta-feiras de quinze em quinze dias

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

TRX Suspension Training - Soccer

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