Meu Som

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

SERÁ QUE O CALÇADO, TEM INFLUÊNCIA NAS LESÕES DOS JOGADORES DE FUTEBOL?


 A opinião de Preparador/Recuperador Físico Márcio Sampaio

Apesar de ser um desporto "com bola", apenas cerca de 30% das actividades de um jogador são executadas com a sua posse. É nesse momento que a grande maioria das lesões ocorre, principalmente devido à marcação do adversário.
Uma das lesões mais importantes descritas na literatura do futebol é a do ligamento cruzado anterior do joelho. Num estudo, observou-se que a entorse de tornozelo foi a ocorrência mais comum no período de observação correspondendo a 34% das ocorrências, seguida por contusões nos membros inferiores que representaram 30% das ocorrências. A entorse de joelho também representou uma significativa ocorrência de 16% das lesões. Pesquisas revelam que 85% das lesões de tornozelo no futebol são pelo mecanismo de inversão, lesionando os ligamentos laterais do tornozelo. Verificou-se também que os meio-campistas são os que mais sofrem lesões, sendo cerca de 66% das ocorrências.
Desde que Ronaldo(fenomeno) teve a sua primeira lesão, em 1999, o assunto repercute nos media, tendo muito mais eco após as seguidas lesões em 2000 e 2008.
Mas o maior marcador de Campeonatos do Mundo não foi o único a sofrer com as lesões. A discussão, intensificou-se em 2006, após outros jogadores terem lesões semelhantes num curto espaço de tempo: ruptura dos ligamentos do joelho. Coincidência ou não, todos usavam chuteiras com cravos longitudinais, os chamados pitons “dentes de tubarão”.

Pessoalmente tenho sempre o cuidado de avisar os meus jogadores dos malificios que possuem este tipo de pitons mas, nos dias de hoje, existe uma grande fronteira que são as marcas patrocinadoras dos atletas profissionais pois, eles acabam por utilizar as botas que contractualmente lhes são colocadas à disposição e aí compreende-se mas não ha duvidas que ainda hoje, antigos futebolistas, consideram que as melhores botas de sempre, são as famosas Copa Mundial, pois seus pitons são redondos e facilita a rotação na relva, ao contrário das actuais. Um dos grandes problemas e que origina as lesões dos joelhos, prende-se com a falta de condições que estas novas botas proporcionam com os pitons na relva, aquando de uma rotação.

Outro dos problemas que me aflige, prende-se com o facto de actualmente, os Pais, permitirem que as crianças utilizem este tipo de botas e pitons, para a prática do futebol, em sintéticos. Neste caso, não existe uma maior percentagem de lesões de joelhos mas sim, a nível plantar e de descompensação que por vezes inicia o síndrome de Pubalgía cada vez mais cedo.

Teremos que ter em conta que outros factores externos poderão influênciar este tipo de lesões juntamente com o calçado e aqui estaremos a falar também da relva ou o tipo de piso. Se a relva for irregular,estiver alta ou simplesmente não existir, poderá acrescentar o risco de lesão.
Muitas pessoas, questionaram-me como isto é possivel, tendo em conta o facto das grandes marcas, estudarem biomecânicamente o pé, investirem em imensos recursos mas, as pessoas esquecem-se que as marcas para além de quererem vender, querem também ser apelativas, fazer botas mais leves e mais moldáveis. A verdade é que nos dias de hoje, uma "pisadela" de um atleta doi tanto como estar descalço.
Gostaría de alertar também para um outro assunto que em breve irei escrever que tem haver com o tipo de rasgo que estes pitons poderão efectuar na perna, assim como a descompensação que existe no pé, nomeadamente quando estas são utilizadas por crianças nos sinteticos.

Márcio Sampaio

domingo, 14 de setembro de 2014

Pedras Rubras 3- S.P. da Cova 1

   EQUIPA: P.Franco, Vitor(Coelho)(45'), P.Lopes(R.Castro)(45'), Guerra, Esteves(Sol)(45'), David, Jaques(R.Fontes)(45'), Nuno(P.Canas), Mário, Arnaldo, L.Pedro(P.Costa)(45').
 Jogo respeitante ao Torneio do Paiço, em homenagem ao nosso grande amigo Tião.
 Começamos o jogo a "mandar", com alguma posse de bola, sempre tentando jogar apoiado e bem.  Com a equipa tentando sempre ocupar os seus espaços quer ofensivamente, quer defensivamente. E em resultado disso conseguimos chegar ao 1-0, através de uma boa entrada de Arnaldo, desviando "ao de leve" para dentro das redes adversárias. A partir daqui creio que perdemos o "rumo" e até ao intervalo nunca mais conseguimos tomar as rédeas do jogo. o S.P. da Cova aproveitou, e bem, pois criou algumas dificuldades chegando mesmo ao empate. Não sem antes ter criado duas situações que podiam ter resultado em golo. Colocamos as nossa linhas mais separadas, com algum espaço entre linhas, o que também fazia que raramente conseguimos ganhar as segundas bolas. Não conseguimos ter posse de bola, e tentamos mais o futebol direto(quase sempre mal) do que o jogo apoiado, e que temos qualidade para isso.
 Intervalo com empate a uma bola. Resultado justo, pois foram 45' com metade de posse para cada equipa.
 Na 2ª parte, e depois de bastantes mexidas para ambas as equipas, o S.P. da Cova ficou muito mais fraco. O que foi bem aproveitado pela nossa equipa, criando algumas jogadas bonitas, e duas delas até resultaram em golo.
 Tivemos mais consistência defensiva, apesar do adversário também ter complicado menos, e conseguimos chegar mais vezes à baliza do adversário e também com mais perigo.
 Até que conseguimos fazer mais 2 golos, um num excelente lance de bola parada convertido por Guerra(sem qualquer hipótese para o "keeper adversário), e outro através de P.Costa que foi só encostar depois de um muito bom trabalho de Canas e Mário.
 De lamentar a deficiência do jogador adversário que agrediu o R.Fontes, que não faz sentido nenhum, muito menos num jogo destes, de homenagem a um grande jogador/amigo.
 Não sendo o meu objetivo destacar individualidades, mas neste jogo além de a abnegação de Mário(que foi enorme na entrega),também as "novidades" Guerra, R.Castro e Turko(que esteve bem mas eu sei que pode e deve fazer muito melhor).